quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Sopro


A vida é um sopro,
isso todo mundo ouviu falar.
Mas que ela chega assim sem pressa, sem avisar: dói para aceitar.
Toda morte faz pensar que a gente morre a cada dia.
E os minutos são bálsamo de alegria:
um gole de vida ou um soluço embriagado.
Quem sabe ela chega aos poucos, fragmentado a vida. Reflita!
São as lágrimas contidas a cada despedida.
Os encontros sem o olhar.
Quando se come sem a fome.
Um olhar pro céu sem o luar.
Qualquer não que é dito por egoísmo ou por prazer.
Todo ato não pensado na dor e no porvir.
Quem sabe um dia tudo sentir?
Viver continuando os caminhos já trilhados.
Beber do vinho já provado... nunca tendo degustado.
Viver sem sentir, abraçar sem sorrir.
Deixar o pranto rolar se a morte chegar. Libertar!
O que nos resta? O agora é finitude.
O que sobra é a réstia do que amor foi.
Solitude.

Nenhum comentário:

Postar um comentário