quinta-feira, 12 de outubro de 2017

caminhada

Hoje, durante nossa caminhada de domingo pela redenção, vimos uma sequência de três cenas que nos tiraram do nosso olhar de marasmo, nos furtaram dos nossos assuntos cotidianos e infinitamente pessoais. Esqueci até de reclamar do pessoal de verde amarelo que clamava pela intervenção militar na João Pessoa. 
A primeira foi uma atitude de cuidado com dois meninos indígenas. Um deles, bebê, chorava muito no colo de seu irmão. A preocupação do rapaz era tão genuína que transbordava o(s) olhar(es). Ninguém mais precisava tentar ajudar. Já tinha alguém completamente entregue e disponível.
Depois, dois senhores receberam pastéis quentinhos e ouvidos atentos às histórias que eles traziam. No final, vimos um rapaz que esperava ansioso pelo seu cachorro quente completo. Ele repita: “eu gosto com tudo, é completo.” O moço que pagava apenas disse: “Ele gosta completo, capricha aí...” Deu as costas e saiu, deixando um sorriso em quem tinha fome e em quem pode ver.
É bom voltar para casa com a sensação de que tem gente com sensibilidade para ver e generosidade para agir.
É bom começar a semana imaginando que cada uma dessas pessoas que eu vi estão mais felizes agora. Assim como eu.
Talvez, eles nem saibam, mas quem recebeu o que precisava foi quem assistiu!
Gentileza é coisa para pessoas grandes.

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