Hoje, durante nossa caminhada de domingo pela redenção, vimos uma sequência de três cenas que nos tiraram do nosso olhar de marasmo, nos furtaram dos nossos assuntos cotidianos e infinitamente pessoais. Esqueci até de reclamar do pessoal de verde amarelo que clamava pela intervenção militar na João Pessoa.
A primeira foi uma atitude de cuidado com dois meninos indígenas. Um deles, bebê, chorava muito no colo de seu irmão. A preocupação do rapaz era tão genuína que transbordava o(s) olhar(es). Ninguém mais precisava tentar ajudar. Já tinha alguém completamente entregue e disponível.
Depois, dois senhores receberam pastéis quentinhos e ouvidos atentos às histórias que eles traziam. No final, vimos um rapaz que esperava ansioso pelo seu cachorro quente completo. Ele repita: “eu gosto com tudo, é completo.” O moço que pagava apenas disse: “Ele gosta completo, capricha aí...” Deu as costas e saiu, deixando um sorriso em quem tinha fome e em quem pode ver.
É bom voltar para casa com a sensação de que tem gente com sensibilidade para ver e generosidade para agir.
É bom começar a semana imaginando que cada uma dessas pessoas que eu vi estão mais felizes agora. Assim como eu.
Talvez, eles nem saibam, mas quem recebeu o que precisava foi quem assistiu!
Gentileza é coisa para pessoas grandes.
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