domingo, 28 de fevereiro de 2016

invisível


Lacunas e fendas,
buracos de olhar.
Espia pelo olho mágico:
uma projeção,
uma distorção!
Teima, queima, beira na borda.
Bordas de sanidade.
O resto se revela, quem sabe, mais tarde!
Para, trava.
Entrave paralisador.
Saberei, um dia, o tamanho de sua dor?
Calo, retalho,
num silêncio de quase morrer!
Quem é louco o bastante para responder o que o outro deve fazer?
Um espetáculo armado:
Olhares isolados, nenhum verbo trocado.
Reduz
Traduz
Produz um falso outro
Fim do beco!
Só eco de uma mesma voz.
No ponto cego da vista,
do auto de uma mira impossível:
O outro é invisível.


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