quarta-feira, 13 de maio de 2015

Livro de rabiscar


Nada contra quem gosta, até admiro quem tem paciência. Mas confesso: Nunca gostei muito de colorir (Tá, é uma confissão de verdade: detesto!). Assim, com lápis dentro de um espaço estipulado. Sempre achei a maior chatice pintar os mapas nas aulas de geografia. Talvez, porque me sentisse muito presa às linhas das fronteiras. Intrigava-me a ideia de saber sobre o mundo e as coisas sem viver, olhar, ler ou mesmo escutar suas histórias. Aquilo, definitivamente, não era a grafia da Geo. Era qualquer outra coisa... No dia em que meus colegas e eu criamos um país e seu mapa, aprendi muito mais. Meu negócio sempre foi desenhar e depois escrever. Não que os faça muito bem, mas a questão é criar. Se alguém me achar estressada ou ansiosa e tiver a ideia de me presentear com um “livro-cura” para isso, um pedido: Não gaste seu tempo e seu dinheiro com esses de colorir. Eu vou piorar! Não é o movimento da minha mão que relaxa meu cérebro e me acalma. Eu prefiro um livro de rabiscar, de folhas sem linhas, de espaço livre para brincar. Eu não tenho medo da folha em branco.
O que me traz paz é debulhar os traços, os sons e as palavras que estão dentro e envolta de mim.

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